Trilha sonora do dia
The Empire Strikes First - Bad Religion 
O que uma banda punk com quatorze álbuns lançados ao longo de vinte e cinco anos de carreira pode trazer de interessante em tempos em que a busca pelo inédito tornou-se obsessiva? Autenticidade. Neste mais recente trabalho (de 2004), o Bad mantém-se fiel ao seu estilo sem soar datado. Os caras teimam em não perder a pegada dos primórdios e ainda tocam cada vez melhor. Discurso anti-Bush e citações ao George Orwell por trás das melodias características do Greg Graffin. Como eu sempre digo, punk rock na veia!
O que foi aquilo? A Gazeta capixaba precisou chamar um professor de inglês pra entrevistar o baterista do Anthrax. E aquele jornalista tirado a saber tudo de rock, nunca pensou em fazer um curso no British and American? Hehehe! E pra completar, o entrevistador, fã da banda desde gurizinho, formulou perguntas geniais do tipo "que ator você acha que deve ser o próximo Superman?". Eu quero meu dinheiro de volta.
Só pros iniciados
Contato, contato. Terra dos isolamentos tipo dois chamando. Contato, contato. Terra...
Da série "E eu com isso?"
23 de fevereiro, hoje é o dia do rotariano!
Mas pelo menos agora tem um Shamrock perto de casa. Com um som maneiro rolando e um bom conviva pra bater papo, dá até pra esquecer em que cidade estamos. Tudo bem que não fica entupido de gurias interessantes; pelo contrário, aqui o movimento é bem fraco. Então bebamos. Na dúvida entre uma Guinness e uma Erdinger, fico com as duas.
Ninguém vive com a intensidade que gostaria, exceto os toureiros.
Subiu cheio de estilo, cabeceou eeee o gooooolllll. Ô Júnior Baiano, ô Júnior Baiano, para com isso!
Vi hoje no Esporte Espetacular uma matéria sobre as possíveis sedes dos jogos olímpicos de 012, em que foi mostrado o que as favoritas Nova Iorque e Londres estão fazendo para vencer a concorrida disputa. Quando vi parte do clipe inglês com personalidades como Jeremy Irons, Joseph Fiennes e Sir Roger Moore, comecei a imaginar como seriam as olimpíadas do Rio 2012.
Para promover o evento, teríamos um clipe como os vídeos institucionais das nossas grandes empresas e poderíamos colocar o Beira-Mar pra falar algo do tipo "venha para o Rio, eu garanto a sua segurança". Na cerimônia teríamos uma apresentação da Ivete Sangalo, se bem que até lá a rede Grobo já vai ter eleito outra musa nacional. Não poderíamos deixar de fora nossas mulatas e o funk carioca. Os gringos adoram as nossas danças eróticas. O padre Marcelo Rossi gosta de esporte, também poderia participar da festa. E o hino nacional seria cantado no início dos jogos de futebol, à capela, pela Sandy que até lá será a nossa diva.
As putas, travecos e pivetes de Copacabana poderiam trabalhar entre os voluntários como tradutores. Os soldados do tráfico ajudariam no policiamento da vila olímpica. Isso é que é inserção social. E tudo coordenado pelo Garotinho, que garantiria transporte para os jogos por um real, comida por um real, diversão por um real. Tudo pelo povo! Seria uma bela festa.
Futebol ultimamente não é o meu assunto preferido, mas ainda é o que procuro primeiro quando leio os jornais. Antes que o meu time me faça perder de vez o interesse pelo mundo dos boleiros, vou gastar um pouco do meu português ruim com o esporte que é patrimônio nacional.
Nesse final de semana começam as semifinais da Taça Guanabara, como não tem nenhum time grande entre os finalistas - o Botafogo não conta pois é folclórico e pequeno por vocação - não ouso apontar um favorito. Entretanto, espero que o Volta Redonda não seja o vencedor pro EnTúlio Maravilha não ter o que falar.
O campeonato paulista está interessante, mas o que mais me chamou a atenção foi o novo uniforme do Corinthians. Desta vez a Nike acertou a mão, provavelmente por não ter tentado reinventar o uniforme. Fez o básico e ficou bem bonito. O formato dos números nas costas e a ausência do nome de um patrocinador deixaram a camisa com cara daquelas das antigas. Falando com afetação indie, ficou vintage. Muito bacana!!!
Quanto ao Capixabão...
Trilha sonora do dia
Whithout You I'm Nothing - Placebo
Quando ouvi "36 Degress" pela primeira vez fiquei realmente impressionado, mas não demorou muito pra eu me esquecer do Placebo. Um dia encontrei esse disquinho numa loja e resolvi trazê-lo pra casa. Segundo álbum do trio londrino, lançado em 98, não está na minha lista de indispensáveis mas tem o seu valor. Destaque para "Pure Morning", "Brick Shithouse", "Without You I'm Nothing" e "Every You Every Me".
De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar? Chego em casa depois de outro rock mais ou menos. Como estou sem sono, a internet é uma opção. Penso em escrever algo no brógui e me vêm em mente esses versos.
De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar? Para o povo que passa o ano todo sonhando com o carnaval, vale uma vida. Para o povinho que vive sonhando com uma viagem sem volta para Londres, pode ser a imagem do inferno. Para o Beto Perneta não valia nada.
Mas eu só queria escrever algo pessoal, sem samples, e me vêm esses versos. Deve ser porque estou inebriado.
De que vale a minha boa vida de playboy, se entro no meu carro e a solidão me dói? Isso tem algo a ver comigo. Mas isso não vem ao caso, o que importa é que pensei em escrever um tratado filosófico pós-moderno e as frases que emergem já foram escritas por outro fidalgo. (...) Tão fraco, mas tão fraco... Acho melhor ir dormir.
Torturando o célebro com todas essas coisas que preocupam os adolescentes. E incapaz de viver, porque anda demais ocupado em pensar na morte e em Deus e na verdade e no misticismo e em tudo mais que se segue; demasiadamente ocupado em pensar nos pecados e cometê-los, para no fim ficar decepcionado porque não o consegue. É deplorável. Spandrell é uma espécie de Peter Pan... Tanto mais deplorável quanto há nele, em potência, um ser humano muito decente.
