
Esbarrei nesse filme na locadora. Adam Sandler mandando muito bem em uma interpretação comovente e Don Cheadle tomando conta de todas as cenas. Mais uma história de amizade, mais um sujeito excêntrico, mais um filme cinco estrelas. E com uma trilha sonora... Como uma coisa leva a outra, acabei conhecendo essa música
aqui. Clássico do
The Who interpretado com maestria pela banda do coração. É o Pearl Jam como sempre presente nos bons momentos.
Only loveCan make it rainThe way the beach is kissed by the seaOnly loveCan make it rainLike the sweat of loversLaying in the fields.Love, Reign o'er meLove, Reign o'er me, rain on meOnly loveCan bring the rainThat makes you yearn to the skyOnly loveCan bring the rainThat falls like tears from on highLove Reign O'er meOn the dry and dusty roadThe nights we spend apart aloneI need to get back home to cool cool rainI can't sleep and I lay and I thinkThe night is hot and black as inkOh God, I need a drink of cool cool rain
Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha dura, ostensiva, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no leito sinuoso de seus rios, no corpo da mulher amada.
Seus rabiscos são ponto de partida para a construção de monumentos. Suas palavras são simples e sábias. E ele não tem prazo de validade. Parabéns ao maior brasileiro do século vinte.
... era impossível evitar as saudações efusivas de um ou outro amigável morador da vizinhança, todos aparentemente peritos em mereorologia. Orgulhava-me de manter a temperatura exata em minhas relações com eles: nunca descortês, sempre distante...
Chego em casa disposto a fazer um som com minha guitarra mas o calor é insuportável. Preciso sair. Ambiente aberto. Vou correr... Já fazendo o percurso de volta no calçadão, muitas coisas passam por minha cabeça. O ar está quente e o pulmão parece pedir arrego. O que faz uma pessoa deixar de ficar sossegada dentro de casa para se torturar numa corrida como essa? Passo pelo primeiro marco do percurso final, ainda falta um bom pedaço. Um casal com um carrinho de bebê, um carro parado com os faróis acesos. Parece que o cenário sempre se repete, devo estar num show de Truman. Bobagem, lá vem ele tentando criar teorias absurdas em torno da vida. Absurdo é esse calor! Mas logo logo estarei voltando pra casa em baixo de chuva sem reclamar. Estou chegando no último marco. Se passar fica na boa! Estou chegando. Sem dor, sem dor! Tarefa cumprida. Mais uma pequena vitória. Alongo, faço uma série de paralelas e tomo o rumo de casa. E aqui estou eu, relaxado, escrevendo e ouvindo Mark Lanegan. Simples assim...

Foi-se o tempo em que Chaves era apenas um garoto de rua que vivia sonhando com um sanduíche de presunto. O Chaves do momento tem ambições bem mais sinistras, quer ser o paladino bovivariano ou quem sabe imperador da américa morena. Independente do sucesso ou fracasso dos seus planos pela perpetuação no poder, o fato é que ele roubou a cena durante todo o ano. Há alguns meses testemunhei um protesto de partidários e opositores do Chavinho. Enquanto o tiozinho bradava pelo seu presidente socialista, no outro lado da rua o repudiavam como um ditador. E o furdunço está apenas começando.