Saturday, September 17, 2005

(Eeee nunca mais eu vi
Os óim do meu amor
Nunca mais eu vi
Os óim dela brilhar
Nunca mais eu vi
Os óim do meu amor
São dois jarrinho de flor
E todo mundo quer cheirar

Naná Vasconcelos e Cordel do Fogo Encantado baixaram no Canecão. O que foi aquilo? Uma perfeita celebração da cultura popular. Aquele caboco faz bruxaria no palco. Em suas mãos, um berimbau, monocórdio por natureza, trascende em efusão sonora. Lirinha e seus cordéis musicados, porta-voz do sertanejo, faz mandinga com palavras da gente humilde de confins pra lá de Cabrobó. Repudio a inveja, mas ontem senti inveja daqueles que ganham a vida fazendo a alegria daqueles que queriam estar ali em cima comandando a festa e fazendo a alegria daqueles que queriam estar... )

Escrevi isso há dois anos após participar (pois a platéia não foi mera espectadora) de um show do Cordel do Fogo Encantado. Hoje eles se apresentam na Praça do Papa. Não acho que o show aqui tenha tanta energia quanto àquele. O momento é outro. Mas não vou perder de ouvir os versos do Lirinha nem por mandinga.